O sistema de clãs escoceses foi e continua sendo uma organização social na Escócia de muita representatividade do mundo britânico. Deles surgiram lendas, heróis e costumes que se espalharam por todos os lugares do planeta.
Na final dos anos 80 e início da década de 90 a franquia de filmes Highlander, apresentou ao mundo Connor MacLeod; guerreiro imortal, filho das Terras Altas escocesas, que atravessa os anos somando vitórias e perdas pessoais. No filme são mostradas muitas histórias sobre o clã MacLeod e de outros clãs que ao longo do tempo confrontam Connor.
A partir do filme conhecemos um pouco sobre os clãs escoceses: grupo social que se distingue por ter hábitos tribais, um código de conduta rígido, composto por famílias patriarcais, amam suas raízes e passam seus valores de geração em geração.
Um pouco disso vivemos ainda hoje quando conhecemos o povo escocês.
De onde surgiram os clãs escoceses?
Não se sabe uma data exata, mas alguns relatos contam que na Irlanda de 1100 d.C., descendentes de reis mitológicos começaram a ocupar a região e foram formando os clãs. Lendas a parte, a principal verdade sobre esses grupos era a sobrevivência.
Para enfrentar a ação de estrangeiros ou do impetuoso inverno, os povos que foram ocupando o norte do atual Reino Unido, precisam estar juntos. Para não continuarem como nômades era necessário escolher uma terra para se fixarem e viverem.
Dessa forma, os escoceses se distribuindo em clãs, que em dado momento tiveram que se unir para enfrentar as invasões vikings, inglesas e até seus próprios conflitos internos.
A estrutura de um clã
Os clãs escoceses respeitavam uma estrutura básica: todos tinham um chefe, que ditava as regras de comportamento, resolvia questões legais, era o dono da propriedade e chefe militar.
Esse direito passava de pai para filho e quando não havia descendente direto, uma disputa entre os machos alfa do clã definiria o novo líder.
Abaixo da estrutura do chefe, existia uma espécie de nobreza, que ajudava no controle do grupo. Nessa linha social aconteciam os casamentos arranjados, o que ajudava na parceria com outros clãs.
Boa parte do clã se dividia nas tarefas agrícolas, principal meio de subsistência e, claro, nas batalhas.
Os clãs e o tartã
Não há como falar dos clãs escoceses e esquecem do tartã (tecido leve), que se trata do tecido que serviam para identificar o grupo que o indivíduo pertencia. O chefe do clã definia um símbolo específico para o tartã, e todos os integrantes do grupo usavam durante as diferentes celebrações.
Apesar de ser uma identidade dos clãs escoceses, o tartã só fez parte dos costumes a partir do século 18. Outros sinais foram usados para identificar cada grupo, desde fivelas até desenhos em espadas e escudos.
A menção ao kilt também é fundamental, pois o traje recebia a estampa xadrez (uma das formas de distinguir o tartã).
Saiba mais sobre a história do kilt.
Muitas atrações turísticas remontam a existência dos clãs escoceses. Para montar um roteiro completo por elas, entre em contato com a Go Escócia. Vamos te acompanhar por esse incrível mundo repleto de histórias emocionantes.